segunda-feira, 8 de abril de 2013

O Burrinho Marrom


Preâmbulo: Amar ao próximo como a si mesmo; fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem é a mais completa expressão da caridade, pois resume todos os deveres para com o próximo. Com que direito exigiríamos de nossos semelhantes atitudes nobres, a tolerância, a benevolência e o devoção, se o não tivéssemos para com eles?

A prática destas máximas tende a destruir o egoísmo. ( ALLAN KARDEC)

Motivação; a critério do Evangelizador.

Desenvolvimento: O senhor João que morava em uma pequena cidade do interior. Na hora do almoço, aproveitou a ocasião e notificou a família que teria que fazer uma viagem de negócios à capital do Estado. Chamou as filhas e lhes disse:

_Vou viajar, mas voltarei dentro de três dias. Ficarei muito feliz se ao voltar, souber que vocês estudaram e ajudaram a mamãe.

_Está bem papai, pode ir sossegado. Nós havemos de nos comportar bem disse Margarida que era a mais velha. Tinha 11 anos e estava se preparando para o exame de admissão do ginásio.

_Trarei presentes para todos disse o papai.

_Opa! Gritou Maria que era a mais nova. Tinha apenas 4 anos.

_Ei! Para mim ele também trás não é papai? Falou Marta, a que tinha 7 anos e estudava no Pré Primário.

_Sim minhas filhas, eu me lembrarei de vocês todas, e também da mamãe, disse o senhor João. Mas olhem lá; não quero ficar triste quando chegar.

Enquanto o Senhor João e Dona Judite, arrumavam a mala, as meninas brincavam em volta dos dois. Maria já queria saber o que o papai iria trazer para ela. mas ele dizia que não sabia ainda, só quando visitasse as lojas é que veria o que trazer. Marta também estava ansiosa, pois queria ganhar uma boneca Fifi, mas estava atrasada nos estudos e a mamãe já a advertira de que passeios e presentes seriam reduzidos, caso ela não se aplicasse mais nos estudos.

Já Margarida ajudava bastante, dobrando roupa, embrulhando os sapatos e trazendo uma ou outra peça que mamãe pedia.

Depois que a bagagem do papai ficou pronta, as meninas foram se preparar para dormir, enquanto o Senhor João cuidava dos assuntos a serem desenvolvidos.

Margarida a mais velha orientava, no banheiro, as menores como deviam escovar os dentes, lavar rosto e vestir o pijama. Logo apareceu na sala Maria, com um pijama de listras azuis.

_Vim dizer boa noite papai. E não se esqueça de meu presente papai.

_Não minha filha, não me esquecerei. Agora vá dormir. Logo em seguida entraram Margarida e Marta.

_Olhe disse Marta, não vá se esquecer de minha boneca Fifi.

_Sim minha filha, vou ver o que poço fazer. Estude bastante. Foram todos dormir e no dia seguinte, logo as 5 horas da manhã seu João estava saindo para tomar o trem.

A viagem era longa, e o trem deveria passar por muitas cidades antes de chegar a capital.

Enquanto isso, na casa de dona Judite, as meninas levantaram-se cedo e cada qual procurou fazer a sua tarefa. Margarida ajudava mamãe na arrumação da casa e nas compras no armazém. Sabia e como, trazer tudo o que mamãe precisava. Era o leite, o pão o feijão e tudo o mais.

Marta, dava papisas para o cachorrinho lulú e limpava a sua casinha. Até pintou com tinta vermelha o telhado da casa do cachorrinho.

Deu banho no cãozinho e botou remédio na água para matar as pulgas.

Maria não deixou por menos. Ajudou muito a mamãe nas tarefas do almoço. Lavou as verduras, arrumou a vasilha de frutas, varreu a cozinha e precisou a mamãe dizer.

_Chega Maria de me ajudar, você deve estar cansada filha.

Logo a noitinha sentaram-se a mesa e fizeram seus deveres de casa.

Margarida como a mais velha, tomava as lições das mais novas. Estudaram, escreveram, e por fim houve ainda uma sessão de desenhos. Cada qual fez um desenho mais belo que o outro.

Na capital o senhor João fez todos os seus negócios e contatos necessários. Pensou então de ir as lojas para comprar os presentes das filhas. Teve bastante trabalho, mas comprou tudo com muito carinho. Para a mamãe comprou um lindo vestido, para as meninas também comprou o que pediram. Voltava feliz e orou agradecendo a Deus a boa viagem que fizera. Chegou em casa pela tarde. Dona Judite abriu a porta e o abraçou.

_Bom dia, disse o senhor João, como vão todos. E as meninas?

Estão na escola, mas já estão para chegar porque está na hora de voltarem para casa. Dali a pouco entraram as pequenas alegres e falando:

_Papai, Papai! O senhor já chegou? E correram para abraça-lo.

Disse o senhor João, já que estão aqui, vamos ver o que comprei para todas. Vou abrir a mala e guardar tudo nos lugares certos. Na mala grande estava vários embrulhos bem feitinho com papel de presentes.

Este- disse, olhando-o de perto -é da mamãe; um corte de vestido. Este é de Margarida. Uma bolsa com uma coleção de lápis de cor, cadernos e livros de histórias pátrias. Este é...Ah! disse. Quem me pediu uma fifi??

_Eu! Eu! Disse Maria estendendo os braços.

_Pois aqui está a sua fifi minha filha.

_E o que foi que Marta pediu ? nada?

_Eu queria uma boneca e um fogão pequeno também... A! você não me falou o que queria por isso eu lhe trouxe uma boneca, a Dondoca. Veja como ela é bonita, vestida com roupa da jovem guarda. O fogão fica para outra vez que eu for a capital, está bem?

_Esta, papai! Disse Marta, abrindo logo a caixa em que estava a boneca.

Todos agradeceram, e ficaram felizes com os presentes.

_Mas ainda não acabou. Querem ver o que há nesta caixa?- E, abrindo-a tirou um burrinho marrom.

_Olhe que beleza! Que lindo! Gritaram as três quase ao mesmo tempo.

_Ah! Papai, dá para mim disse Maria.

_ Ah! Papai, dá para mim disse Margarida.

_Não minhas filhas, disse o papai finalmente. Este presente, não é para nenhuma de vocês. Deus nosso Pai, permitiu que eu pudesse dar a vocês o que pediram. Acontece que eu me lembrei do Zezé, o filho de nossa empregada. Vocês não acham que ele também, não é filho de Deus? E no entanto, eu nunca vi o Zezé receber um presente como vocês.

Todos ficaram muito pensativos, quando a mamãe afirmou:

_Isso mesmo, o papai fez muito bem em se lembrar do Zezé. Ele merece pelo esforço que tem feito na escola, e pelo bom comportamento que tem tido aqui conosco.

_Muito bem. Todos concordaram?- Indagou papai.

_Sim! Sim! Responderam.

_Então depois do jantar, chamem o Zezé e lhe entreguem o presentinho.

Todos ficaram alegres com a lembrança do papai, e providenciaram o empacotamento do burrinho marrou para mais tarde oferece-lo ao Zezé.

A lembrança de trazer um presente para o filho da empregada, seria um bom exemplo do papai a ser seguido pelas filhas, segundo o que ensinou Jesus "Fazer aos outros, o que gostaríamos que fizessem a nós."



Nenhum comentário:

Postar um comentário